Depois de contrair o vírus Oz na província de Ibaraki, no leste de Tóquio, uma japonesa de 70 anos, que morreu após 26 dias de tratamento hospitalar, tornou-se a primeira vítima do mundo de uma doença transmitida por carrapatos, anunciaram as autoridades na sexta-feira.
De acordo com a Kyodo News, com sede em Tóquio, esta é a primeira mortalidade associada à possível doença transmitida por carrapatos a ser documentada em todo o mundo.
A mulher, que apresentava sintomas como febre e exaustão, procurou atendimento médico no verão de 2022, segundo a administração provincial e o Ministério da Saúde do Japão.
Tudo sobre o primeiro caso de morte do mundo pelo vírus Oz
A mulher, que não tinha histórico de viagens internacionais, teria comparecido a um hospital no verão passado com sintomas como febre, exaustão e dores nas articulações.
Ela recebeu antibióticos após ser diagnosticada com pneumonia, mas depois que seus sintomas pioraram, ela teve que ser internada no Centro Médico de Tsukuba.
Um carrapato duro foi descoberto sugando sangue na base de sua coxa direita quando ela foi internada no hospital. Cerca de um mês depois, ela faleceu de miocardite, uma inflamação do coração.
Na região japonesa ocidental de Ehime, a espécie de carrapato Amblyomma testudinarium foi onde o vírus Oz foi originalmente descoberto em 2018. Devido à sua observação generalizada em todo o país, acredita-se que essa espécie de carrapato seja a fonte da transmissão do vírus.
Os carrapatos, que têm escamas duras e uma faixa de tamanho de 3-4 mm, são distintos dos carrapatos de interior e são normalmente encontrados em arbustos e florestas.
De acordo com o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIID) em Tóquio, não há vacina disponível contra o vírus Oz, que não foi descoberto fora do Japão.
Segundo o instituto, contrair o vírus nem sempre resulta em morte, mas são necessárias pesquisas adicionais sobre seus sinais e riscos.
Ministério da Saúde do Japão sobre o vírus Oz
Segundo o ministério, o vírus Oz não foi descoberto fora do Japão até agora.
É difícil avaliar a gravidade ou o perigo do vírus neste momento, de acordo com Tadaki Suzuki, especialista em patologia infecciosa do NIID, pois este é o primeiro caso fatal documentado.
Segundo o ministério, a melhor medida preventiva para as pessoas é manter a pele coberta enquanto estiver em regiões onde possam entrar em contato com carrapatos duros.
Sugere-se o uso de mangas compridas e calças compridas quando estiver perto de arbustos para evitar ataques de insetos, especialmente da primavera ao outono, quando eles são mais ativos.
O ministério aconselhou que se alguém tiver picadas de carrapato , deve consultar um médico em vez de tentar removê-los sozinhos.
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