O advogado Ko Sang-rok critica a entrevista da revista TIME da NewJeans
Em 23 de março, o advogado Ko Sang-rok, do escritório de advocacia Phil, anteriormente associado a Kim & Chang, levantou preocupações significativas sobre uma entrevista recente com o grupo de K-pop NewJeans apresentada na revista TIME.
Ko, um defensor da NewJeans que já havia criticado a HYBE durante seu primeiro evento de imprensa em setembro, expressou sua consternação após a entrevista do grupo à mídia estrangeira que se seguiu a uma decisão judicial. Ele frequentemente destacou que uma empresa respeitável deve respeitar os artistas além de vê-los como meras mercadorias.
Em uma postagem no YouTube, Ko comentou: “Se eles mantiverem tal atitude após a decisão do tribunal, correm o risco de enfrentar críticas substanciais por desonestidade, difamando colegas artistas e demonizando o próprio sistema que eles alegam desafiar”.
Ele revelou: “Das minhas experiências em setores como TI e direito, está claro que até mesmo entidades proeminentes como Samsung ou Kim & Chang têm desafios. No entanto, as críticas devem vir de um lugar de gratidão, especialmente se alguém se beneficiou e navegou dentro desses sistemas.”
Ko enfatizou ainda mais a importância de respeitar os esforços daqueles que lançaram as bases para as indústrias atuais. Ele declarou: “A verdadeira reforma exige aderir a valores fundamentais — honrar colegas, mostrar respeito aos predecessores e estar preparado para o auto-sacrifício. Se seu comprometimento vacilar ou seu objetivo for meramente buscar ganho pessoal, então pelo menos cumpra seus contratos e saia apropriadamente para começar de novo, como muitos fizeram, inclusive eu. Até mesmo grandes nomes como Michael Jordan operam dentro de estruturas maiores, e nenhum indivíduo supera os sistemas fundamentais criados por aqueles que nos precederam.”
Ele questionou os métodos da NewJeans, afirmando: “Não se pode alegar que se busca uma melhoria sistêmica ao mesmo tempo em que se recorre a insultos, difamação e demonização”.
Ko apontou para as alianças mutáveis do grupo: “Inicialmente, eles se aliaram a Min Hee-jin para criticar sua empresa controladora, depois se voltaram contra outros na indústria. Agora eles estão descartando todo o cenário do K-pop, desconsiderando a decisão do tribunal e fazendo comentários depreciativos sobre a sociedade coreana. Qual será o próximo passo deles? Com táticas anteriores — como ignorar contratos e ações legais — falhando, eles buscaram refúgio na Assembleia Nacional. Agora que essa abordagem também se mostrou ineficaz, eles se voltaram para um importante meio de comunicação ocidental conhecido por criticar o sistema de treinamento do K-pop.”
Ele concluiu: “As inconsistências nas alegações judiciais de seus advogados expuseram suas inverdades. Uma entrevista em inglês em um veículo estrangeiro não obscurecerá a realidade. Eles precisam reconhecer a gravidade de suas declarações. Espero que eles corrijam esse passo em falso e incorporem pelo menos um nível mínimo de integridade, permitindo que apoiadores como eu continuem oferecendo ajuda.”
Contexto da disputa jurídica
Anteriormente, a NewJeans comentou: “ Respeitamos a decisão do tribunal ”.No entanto, durante a entrevista à TIME, eles expressaram decepção com a decisão.
Em 28 de novembro de 2024, os membros do NewJeans realizaram uma coletiva de imprensa de emergência, anunciando sua intenção de rescindir contratos com a ADOR devido a uma suposta falta de proteção da agência. Em resposta, a ADOR iniciou procedimentos legais no Tribunal Distrital Central de Seul para afirmar a validade desses contratos.
Em 21 de março, o Tribunal Distrital Central de Seul decidiu a favor da ADOR, concedendo uma liminar que declarou: “A NewJeans deve se abster de atividades de entretenimento independentes ou de se envolver com terceiros sem o consentimento prévio da ADOR”.
O tribunal também observou que a NewJeans não forneceu evidências convincentes de quaisquer violações graves de dever por parte da ADOR ou que sua confiança havia sido irreparavelmente danificada.
Em sua entrevista à TIME, a NewJeans declarou: “Embora estivéssemos decepcionados com a decisão, nunca esperamos mudanças imediatas na indústria do K-pop. Esta situação é apenas mais um passo em nossa jornada. A realidade na Coreia é complexa, mas destaca a necessidade de nossa evolução e crescimento. Parece que a Coreia nos percebe como revolucionários em potencial.”
A próxima audiência judicial sobre a validade dos contratos da NewJeans está marcada para 3 de abril.
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